Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Além de ser difícil incluir a Faixa Nova na concessão e de mudar a praça de pedágio entre Santa Maria e a Quarta Colônia, outro pedido feito por lideranças de Santa Maria não deve ser acatado pelo governo do Estado. Durante a audiência pública, na segunda-feira, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) pediu que fossem construídas terceiras faixas antes da duplicação da rodovia, para facilitar ultrapassagens e aumentar a segurança. Pozzobom afirmou que isso poderia ser feito de forma que, depois, essas terceiras pistas fossem aproveitadas durante a obra de duplicação.
Porém, o secretário-adjunto de Transportes do Estado, Eduardo Krause, respondeu que, segundo estudos, "a implantação de terceiras faixas apontou para um encarecimento substancial do projeto". Oficialmente, o governo do Estado respondeu que todos os pedidos feitos na audiência pública e por e-mail serão analisados e que ainda há possibilidade de mudar o projeto. Porém, depois dessa resposta do secretário-adjunto, tudo leva a crer que o Estado não irá alterar o projeto e que podemos esquecer da possibilidade de serem construídas terceiras pistas de Santa Maria a Tabaí.
O futuro incerto da Faixa Nova e o pedágio na Quarta Colônia
Se a concessão de pedágios começar em 2020, nos primeiros anos deve ocorrer só a recuperação da pista atual. De 2023 a 2025, serão duplicados só 14 km da rodovia nos perímetros urbanos das cidades entre Tabaí e Santa Maria - aqui na cidade, será só 1,5 km do trevo do aeroporto em direção a Silveira Martins em 2025. E de 2026 a 2028, ocorrerá a duplicação total de Tabaí a Santa Cruz. Já de 2028 a 2031, está previsto duplicar toda a rodovia de Santa Cruz a Santa Maria, sendo que o trecho do trevo do Santuário ao trevo do aeroporto ficará para 2031. O contrato prevê mais um ano de prorrogação para esses prazos.
Agora, imaginem quantos acidentes com mortos e feridos poderão ocorrer nesses trechos de pistas simples daqui a Santa Cruz até 2031.
ALÉM DISSO...
Tudo bem que a multinacional KPMG, que fez os estudos para a concessão da RSC-287, é uma empresa respeitada e que, em tese, faz estudos confiáveis. Porém, engenheiros que consultei dizem que faria sentido e não encareceria muito a obra refazer a base dos acostamentos e colocar novo asfalto para transformar alguns trechos em terceiras pistas. Seria uma oportunidade de resolver, logo nos primeiros anos, esse problema da dificuldade de ultrapassagens, que gera acidentes.